Na guerra pela atenção, marcas que informam com propósito vencem

Como se destacar em um ambiente em que a atenção é rara e cara

Davi Molinari

4/22/20252 min read

black blue and yellow textile
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No caos informativo da era digital, marcas que ainda apostam em campanhas genéricas ou no apelo sensacionalista estão fadadas à irrelevância. A atenção do consumidor não se compra com gritaria — conquista-se com estratégia, empatia e curadoria. Empresas que entenderem o valor de comunicar com verdade, contexto e propósito serão as que continuarão a existir quando a poeira digital baixar. O ruído é para quem não sabe o que dizer. A relevância, para quem sabe como, quando e por que falar.

Vivemos na era da economia da atenção, onde a capacidade de captar o olhar — e o tempo — do público se tornou o novo ouro do mercado. A atenção humana, esse recurso escasso e valioso, é disputada por gigantes da tecnologia, marcas, plataformas e criadores de conteúdo, todos mergulhados em um oceano de estímulos constantes.

Neste cenário, comunicar deixou de ser simplesmente “aparecer”. É preciso furar bolhas, vencer a dispersão e entregar relevância com agilidade. No entanto, muitas marcas e empresas continuam insistindo em campanhas vazias, mensagens genéricas ou na velha fórmula do sensacionalismo. Não basta gritar mais alto — é preciso falar com intenção.

Enquanto as Big Techs dominam com algoritmos que personalizam conteúdo segundo os dados do usuário, muitas marcas ainda falham ao entregar mensagens sem emoção, ou investem em formatos que não se destacam. A solução passa por três pilares: autenticidade, criatividade e estratégia. Usar influenciadores com propósito, investir em conteúdo interativo e manter consistência visual e narrativa são caminhos possíveis para conquistar e manter relevância.

No meio da avalanche de fake news, discursos de ódio e desinformação, quem entrega valor e verdade se destaca. A comunicação precisa ser empática, assertiva e culturalmente sensível. Isso exige planejamento,pesquisa, escuta ativa e uma dose de ousadia para testar novas formas e narrativas. É preciso falar com pessoas reais, e não com métricas abstratas.

Nunca se produziu tanta informação — e nunca foi tão difícil separar o que importa. O bombardeio de dados sem filtro compromete a saúde mental dos usuários e dilui a confiança nas fontes. Nesse ambiente, curadoria não é luxo — é uma necessidade estratégica. Empresas que investirem em conteúdo inteligente, alinhado a princípios sólidos e valores claros, sairão na frente. O público quer saber o que é importante e por quê — e quem souber entregar isso com clareza, ganha.

A comunicação sem estratégia, sem contexto e sem propósito é apenas mais uma voz na multidão. E a multidão grita — mas raramente é ouvida.